O QUE FAZER COM A REGRA DA FILIPINA???

Esse é um assunto polêmico e antigo, mas acho que vale a pena trazer a tona após o término desse mundial de Roma…

Eu já achei errado quando liberaram a golfinhada única durante a filipina… A regra antes era que não poderia haver nenhuma golfinhada ou ondulação propulsora durante a realização da filipina, regra para mim, mais certa… Mas como os árbitros não conseguiam controlar isso, acharam por melhor liberar um única golfinhada durante a filipina… Como se isso fosse resolver o problema….

Ledo engano…!

Na verdade o que aconteceu, foi a ocorrência de um festival de golfinhadas irregulares, ondes os árbitros, para não se complicarem, resolveram fazer vista grossa… Ou os atletas fazem mais do que uma, ou fazem no momento irregular, ou ambos…! Virou festa!!!

Eu realmente concordo que é difícil de ver isso, e que “em dúbio, pró réu”, mas isso não faz mais sentido no século XXI, onde a tecnologia existe e deve prevalecer no mundo moderno…

No meu modesto, mas calejado entendimento, a regra deveria ser como era antes: SEM GOLFINHADA! E a natação que trate de evoluir e faça como o Basquete, Futebol Americano, Baseball, Tênis, entre outros, e use o recurso de vídeo para averiguar isso!

Ora, nas competições mais importantes do mundo não temos câmeras submersas em cada raia?! Então que os árbitros que as usem! Ao final de cada série semi-final ou final, consultem os vídeos das saídas e viradas e definam quem deve ou não ser desclassificado…

Vai demorar??? Vai! Mas é, pelo menos, o mais justo!

O argumento de que em competições secundárias, seletivas nacionais e campeonatos de categoria as câmeras não existem, não procede! E daí que não tem?! Na hora H, quando o atleta tiver que nadar para valer, em uma competição internacional, a regra vai prevalecer… Se ele chegou lá fazendo a regra errada, não muda nada, pois o que vale é no campeonato principal… E recorde mundial? Bom, que validem o recorde somente onde tem câmeras, tal qual o exame anti-doping!

Dessa forma, consigo imaginar 3 opções para melhoria dessa regra:

1. Voltar a regra antiga e usar a televisão para punir os atletas irregulares. (Sou pró essa opção!)

2. Liberar geral, permitindo quantas golfinhadas o atleta quiser fazer, mas limitando o submerso até os 15m. (hoje, o peito é o único nado que pode ultrapassar os 15m no submerso)

3. Manter a regra atual, mas procurando punir os casos extremos e visíveis.

O que você acha?

O que não podemos deixar rolar é esse “auê” de filipinas irregulares rolando solto como no campeonato mundial…

UM ABRAÇO!

FISCHER.

Veja a final dos 50 peito: Quase todos os atletas fazem filipinas irregulares, inclusive o campeão da prova!

About Eduardo Fischer

Eduardo Fischer é catarinense e natural de Joinville. Ex-Atleta Olímpico de natação da seleção brasileira e medalha de bronze no Mundial de Moscou, Fischer defendeu o país em dois Jogos Olímpicos (Sydney/2000 e Atenas/2004), 6 Campeonatos Mundiais e 1 Pan-Americano (Prata e Bronze). Bacharel em Direito e Advogado pela OAB/SC, Eduardo é especialista em Direito Empresarial pela PUC/PR e em Direito Tributário pela LFG/SP. Atualmente aposentado das piscinas, trabalha com Consultoria Tributária em um respeitado escritório de Advocacia (CMMR Advogados).

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