DOR: INERENTE AO ESPORTE?

O esporte de alto rendimento é saudável?!

Podemos dizer que o “exercício físico” que os atletas de seleção brasileira fazem todos os dias, pode ser considerado sinônimo de saúde?!

Vários profissionais da saúde dizem não. E vários dizem que sim. Existem duas correntes.

Já na minha humilde opinião, creio que a resposta seja: DEPENDE!

Como assim, depende?

Se você atentar-se única e exclusivamente para o tempo de exercício realizado por um atleta de alto rendimento, em comparação com o tempo de exercício de um sedentário (exatamente com a revista VEJA gosta de fazer todo ano em suas matérias sobre saúde e idade biológica), é claro que um esportista é MUITO mais saudável e, teoricamente, tem MUITO menos chance de morrer de um infarto do miocárdio.

Mas, não devemos levar em consideração APENAS essa variável de tempo de exercício por dia. Existem outros fatores que devem ser analisados.

É aí que entra um sentimento que é, infelizmente, inerente ao esporte de alto rendimento: A DOR!

Tudo em excesso é nocivo. TUDO! Tenha certeza disso.

Vitaminas são importantes para nosso organismo? CLARO. Mas pergunte a um nutricionista o que acontece com você caso você tome vitaminas em doses cavalares e diárias. Terá, sem dúvidas, efeitos colaterais extremamente prejudiciais.

Até mesmo os “nossos” suplementos. Aqueles de proteína. São bastante importantes, mas em excesso causam um dano grande ao nosso fígado. E isso é muito perigoso.

Da mesma forma, o exercício físico, que é largamente divulgado por algo EXTREMAMENTE importante para nossa saúde (E É MESMO), se realizado em demasia, pode ser também bastante prejudicial.

Assim, o primeiro alerta do nosso corpo para os casos de exercício físicos praticados em demasia, chama-se DOR. A dor nada mais é um sinal. Um limitador. Um grito de desespero do nosso organismo dizendo que aquele exercício deve ser, urgentemente, interrompido.

Ledo engano daqueles que acham que a musculação somente funciona quando causa dor.

É claro que, para que o músculo cresça, existe a necessidade que haja ruptura de fibras musculares, para que nosso organismo, no descanso, reconstrua essas fibras, tornando-as maiores e mais resistentes. Catabolismo e anabolismo.

Mas o limite de cada pessoa deve ser respeitado, para que essa “destruição” de fibras, não se transforme em algo ruim para o corpo. Daí a necessidade de ter profissionais da medicina, fisioterapia e educação física sempre ao seu lado.

Mas como nós, atletas de alto rendimento, vivemos no limite, e não podemos nos dar ao “luxo” de “pegar leve”, aprendemos a conviver com essa “coisinha chata” chamada dor.

E aproveito então aqui, para deixar meu agradecimento ao meu fisioterapeuta, Jean Roger Romagnoli.

Graças aos seus vastos conhecimento em Osteopatia, minhas dores estão sempre sendo minimizadas.

Inclusive hoje, após um pesado treino com o pára-quedas que me causou dores nos posteriores de coxa, uma sessão com ele minimizou muito minhas dores, permitindo que eu volte amanhã para a piscina para mais um treino pesado.

Sei que isso não é o ideal em termos de saúde, mas atleta não tem muita opção não.

Afinal, A DOR É SIM INERENTE AO ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO.

Mesmo porque, nosso ombro não foi feito para girar mais de 1000 vezes por dia. Não acha?!

Seja saudável, faça exercícios físicos diários. Mas não exagere. Pegue leve quando necessário.

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Hehehe…

ABRAÇO!

FISCHER.

About Eduardo Fischer

Eduardo Fischer é catarinense e natural de Joinville. Ex-Atleta Olímpico de natação da seleção brasileira e medalha de bronze no Mundial de Moscou, Fischer defendeu o país em dois Jogos Olímpicos (Sydney/2000 e Atenas/2004), 6 Campeonatos Mundiais e 1 Pan-Americano (Prata e Bronze). Bacharel em Direito e Advogado pela OAB/SC, Eduardo é especialista em Direito Empresarial pela PUC/PR e em Direito Tributário pela LFG/SP. Atualmente aposentado das piscinas, trabalha com Consultoria Tributária em um respeitado escritório de Advocacia (CMMR Advogados).

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