Do Blog do Alberto:
“Quem acompanha o andar da carruagem e não se deixa inebriar pelos factóides que a cartolagem cria, sabe que esse negócio de Rio 2.016 está dizimando o esporte no Brasil.
Hoje foi a vez de mandar para o espaço o complexo aquático Júlio Delamare e, junto com ele, o local de treinamento de vários atletas. Coaracy Nunes, presidente da CBDA meteu a boca no Nuzman. Curioso, não?
Quando eu ainda frequentava o COB, dizia-se nos corredores que as ambições políticas do Coaracy iam além da CBDA e que se o Nuzman desse espaço, a vontade dele era tomar o lugar do presidente. Nuzman sempre teve pavor de oposição e, ao mesmo tempo, ódio daqueles que pudessem querer seu posto. Qualquer foco de eventual oposição bastava para defenestrar o presidente da Confederação insubmissa. Com Coaracy a coisa era mais difícil, por uma série de razões. Além de ser presidente de uma Confederação importante e, apesar de suas dissimuladas pretensões presidenciais, o chefe da CBDA fazia tropa de choque de Nuzman na Assembléia Geral.
O jeito de Nuzman acalmar Coaracy era dando a ele mais apoio do que inclusive pedia. A CBDA, assim como a CBAt, sempre foram clientes preferenciais de Nuzman.
Hoje Nuzman deu as costas ao Coaracy. Não mexeu um dedo sequer para impedir o despejo da CBDA, cuja sede foi para a cucuia junto com o Júlio Delamare. E por que Nuzman dessa vez não fez nada em favor de Coaracy e sua Confederação? Minha leitura é que Nuzman sabe que este é provavelmente o último mandato de Coaracy. E que sua reeleição recente foi feita debaixo de uma chuva de críticas. Assim, trata-se, na visão de Nuzman, de um enfraquecido e nos extertores de sua carreira de cartola. Ou seja, talvez Coaracy já não seja assim tão importante para Nuzman.
Vamos ver se o grito de Coaracy contra Nuzman vai durar. Esse é um meio corporativista. É bem capaz que, em muito breve, ambos cartolas apareçam em público trocando juras de amor”.