Para que investir na formação de novos atletas e talentos?!
A pergunta parece (e é) absurda. Mas alguém deveria pedir uma resposta pro Presidente da CBDA.
Direto do Correio Brasiliense:
TALENTO EM MIGRAÇÃO
Promessa para os Jogos Olímpicos do Rio-2016, Majda Chebaraka deixa o Brasil. A atleta, de 13 anos, treinava em Brasília, onde conquistou quatro recordes juvenis. Apesar dos bons resultados, não conseguiu patrocínio
BRAITNER MOREIRA
O Brasil perde, hoje, uma das principais promessas de medalha das próximas edições dos Jogos Olímpicos. Ao meio-dia, Majda Chebaraka, 13 anos, embarca de volta para a Argélia, depois de morar em Brasília por quatro anos. Estudando e treinando na capital do país, a atleta estabeleceu quatro recordes juvenis e se transformou no nome de mais destaque da geração anos 2000.
Sem apoio financeiro nem logístico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a pequena sai com a promessa feita pelo ministro do Esporte argelino, em visita a Brasília para conhecê-la de um programa específico de treinamentos para que defenda a Seleção do norte africano.
Majda deixa o Brasil na esteira do encerramento da missão diplomática do pai no país. Saio com um apertozinho no coração, lamentou a tímida garota, ontem à tarde. O último treinamento à beira do Lago Paranoá ocorreu no clube da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), mais uma vez sob o comando do professor Hugo Lobo, treinador da Seleção Brasileira entre 1996 e 2007. Nessa sessão derradeira, a touca verde-amarela que ela gostava de vestir ficou de lado. Já deixei embalada para levar comigo, contou.
O acessório que Majda pretendia utilizar quando fosse convocada para a Seleção Brasileira de natação está guardado em uma das 17 malas que a família Chebaraka vai despachar. O retorno à Argélia vai durar 28 horas, tempo dividido entre o avião e o aeroporto. Mas um possível retorno está na cabeça da menina. A meta é voltar ao país para disputar as Olimpíadas do Rio, em 2016: É só treinar, treinar, treinar. Eu amo isso aqui, não vou conseguir esperar a hora de pular na água outra vez.