Esse post é decorrente de um comentário que fiz no Blog do Coach.
Alguém depreciou a participação do Brasil no BHP Billiton Aquatic Super Series, realizado entre os dias 31/01 e 01/02 em Perth na Austrália.
A verdade é que sim: os resultados brasileiros ficaram aquém do esperado, e os brasileiros competiram um pouco “fora de forma”, até porque nosso calendário é diferente das outras potências mundiais.
Mas isso não pode mais servir com “desculpa”… Já passou o tempo que o Brasil deveria adaptar-se ao calendário europeu e americano.
Existia uma época (2002/2003…) em que a Copa do Mundo iniciava em novembro de um ano, e terminava em fevereiro do outro… E eu lembro de sempre optar por nadar essas etapas que ocorriam em meados de janeiro.
Sabendo disso, meu treinador e eu, optávamos por estender os treinamentos até dia 22 de dezembro, descansávamos entre o dia 23 e o primeiro dia do ano, e voltávamos para a piscina logo no dia 2 de janeiro.
E não foi só um ano que eu fiz isso… Foram pelo menos uns 3 anos consecutivos! E isso nos rendeu 33 medalhas em copas do mundo, entre 2001 e 2004.
Com relação ao fato de o Brasil competir pesado ou meio fora de forma, acredito que isso seja em grande parte culpa da CBDA! Sim, falta de planejamento!
A partir do momento que a CBDA escolheu abrir o calendário com uma competição desse naipe, já deveria ter providenciado e obrigado os convocados a fazerem um training camp desde o dia 1º de janeiro (ou antes).
Tive o privilégio de treinar no complexo aquático ML alguns dias atrás, o complexo está bem cuidado e equipado! (por incrível que pareça).
Porque a CBDA e o COB não juntam os 30 convocados (e seus técnicos) no Rio e passam 4 semanas treinando forte no ML. A sala de musculação lá está nota 10! Oferece TUDO que um nadador de alto rendimento precisa!
Mas não, simplesmente inscrever os atletas e pagar suas passagem já é suficiente Como se estivessem fazendo um favor para os atletas
NUNCA iremos competir de igual para igual perante países como AUS e JAP, enquanto tivermos essa mentalidade e esse tipo de suporte e comprometimento.
Lamento, mas na natação atual está reinando a máxima: Cada um por si e Deus por todos.
Se isso não mudar, nada vai mudar
UM ABRAÇO!
FISCHER.